Devaneando

Nesse fim de semana pela primeira vez conversei com alguém do mundo real sobre nossos planos, não qualquer alguém, esse alguém é muito mais que irmã para mim, uma companheira de longa data, daquelas pessoas que fazem bem e tão com a gente pro que der e vier. E então que ela pensa que eu sou louca, mas tudo bem, ela pensa isso há anos.

Essa guria linda e loura é minha prima, mas somos amigas de infância e de maluquices. Ela sabe meus sonhos mais loucos, meus desejos mais insanos e esteve comigo nas indiadas mais surtadas da minha vida. Ela é nove meses mais nova e eu brinco que foi concebida no dia em que eu nasci (sempre repito isso).

Conversamos ao entardecer, e trocamos muitas ideias sobre humanização, gestação e parto. Essa queridona cursa psicologia e amo conversar com ela sobre tudo, porque ao contrário de muita gente, ela pensa. E pensa aberto, pensa pra cima, ela agrega! É uma companheira que eu quero que esteja muito a par de tudo que acontece com o feijãozinho. E eu sei que vai estar ao meu lado, mesmo me achando uma louca.

Eu sou inconstante, flexível, amo mudar de rota, de ideia, de caminho. Recentemente descobri a teoria dos multi potenciais, então isso não é o fim do mundo e eu posso ser adaptável. Sei que um dia eu vou me encontrar em algum destino. Ouvi esses dias que uma carreira muito linda me espera (ser mãe!?).

Eu sei que para mim, o que melhor vai funcionar é o empreendedorismo. O que me leva a decisão que tomei, de estudar enfermagem. Eu sempre tive um prazer imenso em cuidar, orientar, esclarecer, saber. O problema é casa de ferreiro, espeto de pau.

Tenho muitas situações não resolvidas que precisam estar bem definidas antes de qualquer grande decisão. E como resolver essas coisas em tempo recorde? O que não tem remédio, remediado está. Estou trabalhando meu interior, me fortalecendo, me tornando uma pessoa melhor, capaz de gestar. Mas a paciência é um ingrediente que passou longe na minha produção.